sábado, 2 de fevereiro de 2013

Eu. E as outras pessoas.

Faz já algum tempo que não escrevo neste blog. Perdi-me. Confesso. E, pior, não pretendo re-definir a minha rota.
Alguns episódios curiosos têm marcado a minha vida, nas últimas semanas. Novas pessoas, novas vivências, novas perspetivas. Confrontos muito positivos que me provocam e me questionam se é de facto a Santiago de Compustela que deverei ir.
Desde o primeiro dia que visionei esta viagem que reconheço não o fazer por aprofundamento espiritual. Entendo, na minha ingénua sabedoria, que esse caminho de auto-conhecimento, partilha, autonomia, já o vivi e aprofundei. Admito, por outro lado, que quero fazer este percurso em benefício dos outros e, talvez, não tanto em mim e nas minhas necessidades. Sinceramente não compreendo esta conclusão mas, assim é.
Renovei uma parte de mim, recentemente, e pretendo seguir essa direção. E se isso implicar deixar pessoas para trás, terei que fazê-lo friamente. O desapego, é pois, inevitável. E se por um lado me entrego de corpo e alma ao que faço, ao que sou, criando um apego profundo, se o fizer sem condição, então fica mais desvincular-me emocionalmente. Ou, pelo menos, é mais fácil.
O meu prazer na vida é mesmo ajudar as pessoas. Portanto, tenho dúvidas se é no camino que poderei desenvolver tais competências...Se eu quiser, então poderá ser em qualquer lado. Mas, na verdade, fujo da solidão, não a quero mais. Quero viver rodeada de pessoas que posso amar, que me ajudem a compreender o milagre da vida e me façam, cada dia, uma pessoa melhor. E, perceciono que no camino, percurso individual, autonomo, não conseguirei ajudar alguém na dimensão com que desejo fazê-lo...profunda e continuamente.
Aliás, esta constatação, resulta também da frustração recente do afastamento de uma amiga, que me rejeita, ignora, perdida no seu mundo desvalorizando a minha afável aproximação. Processo que até disvirtua este blog pois sinto que perdeu privacidade e inflinge, despropositamente, em prejuízo alheio. Perdi a confiança em escrever aqui. Cansei entretanto de ser irreconhecida e afável para aqueles que me magoam.
Tenho que seguir o meu precurso. E porque já estou a fazê-lo, talvez não será em Santiago de Compustela que rentibilize esta busca de Amor e partilha.
Deixo fluir. O Universo me guiará segundo os meus ideiais. Cansei de estar sozinha. E de carregar fardos pesados, fazer esforços. Quero curtir, conhecer pessoas e locais, descobrir novas formas de estar e de escrever.Tenho direito, e mereço, uma vida mais light, junto de quem me queira. E pelo máximo de tempo possível, assim haja Amor. Nem mais.